“Existem crianças de todos os tipos, de todas as cores, de todas as formas. As crianças que resolvem não crescer não crescem nunca. Elas devem ter um mistério dentro de si. Então, mesmo depois de grandes, comovem-se com as coisas pequenas: um raio de sol ou um floco de neve...” 

Acho que foi por causa deste trecho do livro que resolvi colocá-lo aqui. De certa forma, o livro também fala sobre mim, sobre nós, as crianças que resolvem não crescer. É preciso que o mundo saiba que somos mais felizes assim: rolando no chão com um cachorro no meio do parque (e atropelando quem passar por perto!), admirando por horas uma amoreira e as lindas manchas roxas que suas frutas deixam no chão, batendo palmas sonoras ao avistar o moço do algodão doce. E por aí vai... 

Neste livro, também tem espaço para as crianças pequenas. E para as médias também. Você pode ser bem espichado ou bem miudinho. Pode ser gorducho, magrelo, ter sardas ou usar óculos. Aqui, definitivamente, tem lugar para você. Às vezes você é risonho, às vezes tímido, às vezes tagarela, às vezes calado. Talvez seja o primeiro da turma. Ou o último. Não importa. 

O importante é que você seja uma criança de verdade, daquelas que faz a mente viajar para longe e a criatividade extrapolar o senso comum. Como diz o próprio livro: a criança pode ter pés, mãos e orelhas pequenas, mas nem por isso tem ideias pequenas. Eu, daqui de longe, tenho certeza de que você tem ideias fabulosas!