Estou imersa na cultura popular brasileira, não somente por conta da celebração de amanhã, mas porque me interesso imensamente pelo tema: os seres fantásticos que habitam nossas matas e rios, os causos assustadores contados ao redor da fogueira, as festas tão incríveis que acontecem por todo o país. O livro do dia traz um pouquinho dessas cantigas, adivinhas e brincadeiras dos quais nos sentíamos tão íntimos na infância e que, se depender de mim, fará parte do dia a dia da criançada da nova geração. Dei este livro de presente para a Nat, que está com oito anos, e temos nos divertido muito com ele. 

Para ela, ainda mais legal do que aprender sobre folclore, é aprender sobre folclore com a Turma da Mônica! Começamos então com as músicas folclóricas, como a dos indiozinhos (tenho pavor do jacaré se aproximando, hahahahaha), da cobra que não tem pé e do elefante que incomoda muita gente (não o Jotalhão, ele é fofo demais!). E depois seguimos para as cantigas de roda, que eu adorava na minha meninice. Neste momento todo mundo tem que entrar na dança, vale a chamar a mãe, o pai, a avó e o dindo. Diversão total em família. 

As brincadeiras são adoráveis e eu me lembro com uma saudade gigantesca dos meus irmãos bem pequeninos, passando o anel, correndo ao som de “barra manteiga, minha mãe mandou bater nesta daqui” e jogando a batata quente - nós tínhamos até um brinquedo no formato de batata que tocava uma musiquinha. Se a música parasse em suas mãos, já era, um abraço, eliminado! 

O livro apresenta também algumas adivinhas, pegadinhas, parlendas, trava-línguas e provérbios. As crendices são divertidíssimas e eu realmente acreditei em muitas delas quando menina. Por exemplo, vassoura de cabeça para baixo, atrás da porta, espanta visitas (sabe aque seu tio chato? Essa é uma boa maneira de encurtar a visita dele) ou quebrar um espelho dá sete anos de azar. Enfim, lembrei-me da criança impossível e feliz que fui, espero que essas boas memórias fiquem impregnadas na Nat e nos seus pequenos também :D