É maravilhoso contar com um amigo verdadeiro, aquele que está sempre ao seu lado para ouvir choro e riso, aquele que te socorre nos momentos de aflição e com o qual você compartilha todas as boas novas. Cada pessoa tem uma forma de retribuir a amizade. A única coisa perigosa é esperar que o amigo reaja do jeito que você deseja, isso não é nada legal. A amizade pode virar possessão. 

O livro de hoje fala justamente sobre uma amizade um tanto possessiva entre a pulga Pul (quer dizer, um “pulgo” macho) e o elefante Osborne (Osbó para os íntimos). Pul vai morar atrás da orelha do elefante e descobre que ele é o rei da manada. À partir daí, envaidecido, Pul fará de tudo para conquistar a confiança de Osbó e se tornar o senhor das pulgas. Ele ajuda o amigo a vencer uma rebelião de elefantes – picando todos os bichos - e ganha status. O seu ego também vai atingindo proporções gigantescas a cada dia que passa. 

Algum tempo depois, Pul socorre Osbó durante uma nova guerra. Pulando rapidamente, atravessa o deserto e chega até Cacundê, um elefante amigo que salva a todos. Mas desta vez o ambicioso pulgo exige ser coroado rei e obriga o amigo a aprender o seu idioma (o pulgol) para convencer as pulgas do mundo inteiro a aceitarem-no como tal. Com o fracasso da missão, Pul torna-se desagradável, inventando sons horríveis para chatear o amigo. Osbó quase fica surdo! Mesmo com toda a gentileza do mundo, ele nada consegue de Pul. Então começa a ignorar o amigo e logo encontra o amor na bela figura da elefanta Zanzul. 

Pul, furioso, vê-se esquecido e abandonado, mas Osbó ainda tinha umas palavrinhas para dizer a ele acerca do amor: “Um sentimento danado de bom. Inunda a gente de felicidade. E torna boas e bonitas todas as coisas da Terra”. Vencido finalmente pelo amor, Pul muda de atitude a acaba conquistando também uma bela pulguinha. É isso, feliz Dia da Literatura Brasileira para vocês!!!