Hoje é o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos, olha só que data mais bacana. E é claro que a adoradora de hqs aqui ficou na dúvida quanto à escolha do livro do dia. Há centenas de autores brasileiros que me acompanham desde pequena, outros surgiram na adolescência e nunca mais me abandonaram, mas decidi optar por um autor novo, que tive o prazer de conhecer na semana passada.

Não que ele seja um novato na área. Gustavo Duarte já lançou três álbuns de quadrinhos, além de ser muito conhecido como chargista esportivo. Mas isso eu não tinha como saber, nunca li o tal do Lance! na minha vida (nem em meus maiores momentos de paixão pelo futebol – long time ago). Mas o que interessa é que o cara lançou este novo álbum, que conta através de imagens uma história de invasão de monstros no porto de Santos, litoral de São Paulo. Não é o máximo??? É claro que eu me interessei na hora pelo roteiro e tratei de passar uns bons momentos com o livro.

Fã confesso de séries tokusatsu japonesas – aquelas séries de super-heróis com “defeitos especiais”, como Jaspion, Spectreman e Ultraman – Gustavo transportou os vilões para o Brasil, com direito à narração em estilo cinematográfico e apresentação de todos os cartões postais de Santos. Lindo demais. Numa tranquila manhã ensolarada, três monstros gigantescos emergem das profundezas para atacar moradores e turistas desavisados. Há uma espécie de Godzilla, uma tartaruga gigante e um polvo que a minha mente nerd insistia ser um rebento do grande Cthulhu. A cidade entra em pânico, mas é claro que aqui também temos um herói prontinho para nos defender.

E o herói é uma figura sensacional, Seu Pinô, um velho dono de um boteco, ex-pescador e famoso contador de causos. Apenas ele conhece o segredo para a destruição completa dos invasores. Ainda que seus amigos e clientes não acreditem em suas maliciosas “histórias de pescador”, o velho Pinô mostra-se um verdadeiro expert na caça aos monstros. Ele conhece receitas de poções secretas, é versado na arte da fuga e pode descobrir em questão de segundos todos os seus pontos fracos. Enfim, um orgulho para nós brasileiros, sempre tão carentes de super-heróis tupiniquins. Aproveito o finalzinho do post para mandar um abraço para todos os meus queridos que fazem a alegria dos quadrinhos nacionais – e arrasam mundo afora também. Ziraldo, Maurício de Sousa, Angeli, Galhardo, Adão, Laerte, Mutarelli, Deodato, Sieber, Dahmer, Floreal Andrade, CárcamO, Fernando Gonsales, Fábio Moon & Gabriel Bá, Cris Peter, Chiquinha, Rafa Albuquerque, Rafa Cotinho, Grampá, Santolouco, Eduardo Medeiros, Roger Cruz, Vitor & Lu Cafaggi, Cátia Ana, ai, chega, os artistas são infinitos e sei que sempre vai faltar alguém. Mas o que vale é a intenção, claro. Agora é só comemorar com uma pilha infinita de hqs. O que você lerá hoje? Conte para mim, vai!