Hoje é Dia da Língua Portuguesa e pensei em colocar aqui alguma das adaptações de poemas de Fernando Pessoa ou talvez até uma obra infantil de José Saramago. Mas a verdade é que meu escritor favorito da língua portuguesa é o brasileiro – e gaúcho! – Erico Verissimo. Então, vamos ao livro do dia! 

A vida do elefante Basílio é a biografia deste herói esquecido, que nasceu em Bengala, na Índia. No dia de seu nascimento, todos os animais da mata chegaram com presentes um tanto suspeitos: o tigre e sua ferocidade, o rinoceronte e a força cega, a hiena e a traição, o urso e a desconfiança. Educadamente, os pais de Basílio recusam os presentes, pois o pequeno deveria ser um elefante de corpo, alma e coração, como seus ancestrais. 

O tempo passa, Basílio cresce sob os olhares amorosos da mãe e os conselhos do pai. Aprende a viver no meio dos perigos da mata. Mas um dia, o jovem Basílio afasta-se de sua manada e acaba preso numa armadilha de caçadores. Viaja de navio, sofre e é vendido para um zoológico. Lá se faz amigo das crianças e de um velho empregado do zoo, que falava a língua dos elefantes. Entretanto, logo é vendido novamente, desta vez para o Circo Lusitano. 

Em viagem pelo Brasil, o nosso heroi fica maravilhado com a beleza do país e ao mesmo tempo desconcertado com o papel que lhe atribuem no circo. E no meio de uma iminente tragédia, Basílio descobre um grande amigo. À partir daí muitas coisas incríveis acontecem, mas não contarei mais nada para não estragar a surpresa. Posso dizer que as ilustrações de Eva Furnari, como sempre, são esplêndidas, mas tem uma em especial (lá na página 41) que quase me fez entrar em transe. Uma tradução perfeita das ideias mais que criativas de Erico Verissimo. Que mente maravilhosa esse homem tinha, ai que vontade louca de contar o final! Então, tchau!!!