08 May
Livro do dia: Onde vivem os monstros
Hoje mais uma estrela passou a brilhar no céu. Estrela cintilante, que irradia felicidade, cor e beleza. Faleceu hoje o grande autor de livros infantis Maurice Sendak. E para homenagear este ser humano fenomenal falarei hoje sobre o clássico Onde Vivem os Monstros, escrito por Sendak em 1962 – e somente publicado no Brasil em 2009. Falha grande, recompensada pelo primor que é a edição brasileira, que tem capa dura, papel especial, sobrecapa e lombada em tecido. Simplesmente um luxo!
Maurice Sendak nasceuem Nova York, em 10 de junho de 1928 – mesma data em que seu ídolo Mickey Mouse – estudou pintura e desenho, escreveu mais de 80 livros para crianças e jovens e ganhou os mais importantes prêmios literários como o Hans Christian Andersen, em 2003, e o Astrid Lindgren Memorial Award. As obras de Sendak ficaram conhecidas pelo tom irreverente e por abordar temas como a raiva, a crueldade, a rebeldia e a solidão.
Rebelde e mimado é o menino Max, que depois de aprontar mais uma é mandado para a cama sem jantar. Ele então decide criar seu mundo próprio, à princípio uma floresta, mas que depois se expande por vastos oceanos. Navegando em seu barco a vela por “quase um ano”, Max chega a um lugar habitado por monstros horrendos e torna-se seu rei.
A história desenrola-se quase que exclusivamente por imagens, porque na realidade, a estupenda arte de Sendak fala por si só. E se os monstros parecem assustadores para Max, para nós, leitores, eles são fascinantes, gigantescos, coloridos. Aliás, as cores do livro são tão vivas que parece mais um trabalho artesanal, a la Tara Books. Um livro para a eternidade, assim como seu adorável autor.
Onde Vivem os Monstros Autor/ilustrador: Maurice SendakEditora: Cosac NaifyTemas: Universo infantil, ClássicoFaixa etária: 4-6Assista também: Como as homenagens de hoje são todas para Maurice Sendak, vejam o filme Onde Vivem os Monstros (Where The Wild Things Are, 2009), dirigido por Spike Jonze e roteirizado pelo ótimo escritor Dave Eggers, roteiro este aprovadíssimo pelo mestre Sendak.
O único mural pintado por Sendak para duas crianças sortudas de Manhattan, em 1961