Hoje é comemorada uma data muito, muito divertida: o Dia de Abraçar um Australiano. O objetivo não é somente abraçar um australiano que você conheça (afinal não é todo mundo que tem um vizinho que veio da Austrália) e sim enviar cartas, cartões postais ou e-cards para amigos da Austrália dos quais sente falta. Ou para amigos virtuais com os quais deseja compartilhar seu afeto. Aqui no Happy Sally vamos comemorar abraçando os livros dos nossos autores australianos favoritos: Shaun Tan, Stephen Michael King, P.L. Travers, Margaret Wild, Ron Brooks, Libby Gleeson, Freya Blackwood, ufa, e muitos outros. 

Mas, se pudesse, eu abraçaria todos os animais da fauna australiana. Não, nem todos. A verdade é que poucos países são tão fascinantes quanto a Australia, afinal em que outro lugar do mundo você encontraria um polvo venenoso e também dois mamíferos (a saber, ornitorrinco e equidna) que botam ovos? Num lugar onde é comum dar de cara com aranhas, cobras e crocodilos, há espaço para muitos marsupiais fofinhos – coala, canguru, wallaby, quokka, etc, etc - e até para um que não consideram tão fofinho (eu o acho encantador), o Diabo da Tasmânia. 

E é justamente um desses animais incríveis da fauna australiana que protagoniza o livro do dia. Para quem ainda não conhece, o vombate é um marsupial que tem toda pinta de ursinho. Aqui acompanhamos o dia a dia aparentemente comum do vombate até o momento em que ele ganha vizinhos humanos. Daí é só trapalhada e confusão até o fim. Mas vamos falar um pouco sobre os hábitos do vombate: ele vive em um buraco no chão e sai à noite porque durante o dia gosta mesmo é de dormir (e como gosta! O dorminhoco pode ter até 16 horas de sono por dia). É também um ótimo escavador, sendo capaz inclusive de criar túneis subterrâneos com várias ramificações. Enfim, o nosso pacato amigo vombate vive lá a sua vidinha até que encontra uma casa habitada por humanos. Logo de cara ele se estranha com o capacho de boas-vindas e sai rolando quintal afora. Bom, ele acha que fez um favor para a família ao livrá-la do intruso e exige uma recompensa: cenouras!

A bagunça continua quando ele encontra o lugar perfeito para se coçar (debaixo da mesa do jardim), entra em combate com outro “vilão” de metal (a lata de lixo), cava um buraco profundo no jardim para ser o seu novo lar e, já que não recebe tantas recompensas quanto deveria, o vombate descobre uma nova fonte dessas gostosuras (as compras do supermercado dentro do carro!). Quando o danadinho enjoa de tanto comer cenoura, pede outra iguaria e vejam só: ele ganha uma tigela de aveia. E vocês pensam que os humanos ficam bravos? Que nada, imagine como deve ser emocionante compartilhar sua casa com um vombate! “Decidi que os humanos são bichinhos de estimação muito legais e que aprendem muito rápido”. Feliz da vida, o vombate cava mais um buraco para ficar bem pertinho de sua nova família. É isso, agora eu vou lá abraçar o meu ornitorrinco Ludovico e a minha equidna Petúnia. Distribua você também muitos abraços por aí ♥