Livro do dia: O mágico de Oz

Livro do dia: O mágico de Oz

Posted by Kátia

Estou empolgada com a estreia do filme Oz: Mágico e Poderoso, que estará nos cinemas a partir de sexta-feira. A trama fala sobre as aventuras de Oz, voando num balão (amo!!!) até chegar ao tal reino fantástico habitado por bruxas boas e más, macacos voadores e as temíveis kalidahs, criaturas com corpo de urso e cabeça de tigre, “e com garras tão compridas e afiadas que poderiam até cortar o corpo de um leão em dois pedaços”. Mas é claro que eu já estou me adiantando ao contar detalhes sobre esse mundo tão fascinante que conheci através do livro e do clássico filme, sobre o qual falarei mais adiante.

O primeiro livro da série O Mágico de Oz foi publicado originalmente em 1900 (a saga completa tem 14 volumes!) e conta a história da pequena órfã Dorothy, que vive no Kansas numa pobre casa de fazenda, ao lado dos tios Em e Henry. Numa terra “cinzenta e enrugada”, Dorothy é a única capaz de sorrir. O que mantém a sua alegria intacta é a companhia do adorável cãozinho Totó. Durante a passagem avassaladora de um ciclone, Dorothy tarda em encontrar Totó e antes de entrar no abrigo, a casa literalmente sai voando pelos ares. Tranquila, a garota deita-se na cama com o cachorrinho, e esquecendo os sacolejos e os gemidos da ventania, cai num sono profundo. Acorda com um impacto repentino e descobre-se numa terra de beleza estonteante: um tapete de relva a perder de vista, flores, frutos enormes despencando das árvores, pássaros com plumagens que julgava só existirem em sonho. Enfim, Dorothy chegara a Oz.

Logo a menina é abordada por três anões, e uma velhinha de cabelos brancos dirige-se a ela, saudando-a como feiticeira e agradecendo seu nobre gesto. A princípio perdida, Dorothy percebe que sua casa esmagara a malvada Bruxa do Leste, deixando apenas seus pés pontudos para fora. A menina fica chocada, mas a velhinha, que na verdade é a Bruxa boa do Norte, conta a história da opressão e escravidão dos anões, agora libertos do grande mal. A Bruxa do Norte entrega a Dorothy os sapatos prateados da bruxa má, que possuem um encantamento secreto. Doida para voltar para casa, Dorothy descobre que o reino é cercado por um grande deserto e não há a menor possibilidade de retorno. Sua única chance é chegar até a Cidade das Esmeraldas, onde o Grande Oz poderá – ou não – ajudá-la a alcançar seu objetivo.

Seguindo pela estrada de tijolos amarelos, Dorothy e Totó encontram novos companheiros de viagem. Primeiro, aparece o Espantalho preso numa estaca, e a bondosa menina o liberta. Ela fala para ele sobre seus planos de encontrar o misterioso Oz e pedir que a envie de volta para o Kansas. Interessado, o Espantalho insiste em acompanhá-la, pois gostaria de pedir um cérebro que preenchesse sua cabeça de palha. Logo em seguida encontram o Homem de Lata, que também segue rumo a Cidade das Esmeraldas, na esperança de recuperar um coração há muito tempo perdido. O Leão Covarde surge na sequência e precisa de coragem para livrar-se de sua total bestialidade. Muitos perigos os aguardam no caminho, como as já mencionadas kalidahs – possivelmente os seres fantásticos que mais me encantam na literatura, um campo de lindas e mortais papoulas escarlates, árvores lutadoras e lobos sanguinários. Aos poucos, percebemos que todos já têm aquilo que tanto almejam, seja coragem, coração ou cérebro. Dorothy também possui a chave de seu destino, mas todos parecem enxergar apenas a magnificência do Grande Oz. Até o fim da jornada, os amigos terão ainda algumas decepções e supresas e a chegada a Cidade das Esmeraldas significa apenas uma coisa: mais aventuras!

O mágico de Oz
Autor: L. Frank Baum
Ilustradora: Ana Raquel
Editora: Tordesilhas
Temas: Amizade; Aventura; Fantasia; Clássico
Faixa etária: A partir de 07 anos

Assista também: É muito importante que você leia o livro antes de assistir ao filme, são muitas mudanças (algumas cenas foram suavizadas ou excluídas para que se enquadassem no estilo musical do filme). Mas não deixem de assistir, de forma alguma, ao maravilhoso e inesquecível O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939), com uma Judy Garland em estado de graça interpretando a menina Dorothy. Os sapatinhos prateados foram substituídos por sapatinhos de rubi e conquistaram o mundo desde então. Um dos meus filmes preferidos de todos os tempos (me faz pensar muito na minha infância porque era sempre exibido durante as festas de fim de ano). 

Capa da lindíssima adaptação em quadrinhos, por Eric Shanower
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