Hoje é o aniversário do Kleber, um de meus amigos mais antigos e queridos e por isso escolhi carinhosamente um livro do dia à altura de nossa amizade. Temos muitas paixões em comuns, como os livros, os filmes, as animações, os games – e o Marillion – e, quando olhei para O Homem da Lua, pensei nele em primeiro lugar. Porque se eu conheço e amo William Joyce é principalmente por causa do Kleber. Ele não somente me apresentou o curta-metragem Os Fantásticos Livros Voadores de Mr. Morris Lessmore, como escreveu uma dedicatória tão linda que eu jamais me esquecerei (“Para minha amiga Kátia Moscone, tão devotada aos livros. Chora, garota!”). Isso é empatia, sintonia, amizade fraternal e eterna. Klebita, te amo muito, feliz aniversário!!!

Enfim, depois de conhecer o trabalho de William Joyce como diretor, roteirista e vencedor do Oscar, fui procurar os seus livros, claro! Infelizmente, o lançamento de sua obra segue a passos de tartaruga por aqui, mas qual não foi minha surpresa ao me deparar com O Homem da Lua, o fundador dos Guardiões - leia mais logo abaixo, ali no “Assista também” – o defensor da inocência e dos sonhos infantis. Príncipe de um reino-móvel fabuloso chamado Veleiro Lunar, o bebê da Lua (ou apenas DaLua) passou sua primeira infância ao lado dos pais, viajando de um planeta pacífico para outro. Ele tinha um pequenino protetor chamado Noiteluz e era amado por todos os tripulantes do veleiro: os lunobôs, os lunondongos e as gigantes Lagartas Lunares.

O Veleiro Lunar tinha a aparência de um dourado ser alado durante o dia, mas à noite transformava-se numa Lua. Aqui sou obrigada a fazer uma pausa e falar sobre as ilustrações extasiantes – há até um diagrama para explicar o funcionamento do Veleiro Lunar. Coisa magnífica. Bem, a verdade é que o mundo de DaLua não era tão pacífico assim. À noite, seu sono era velado por Noiteluz, que o protegia dos pesadelos. Mas Breu, o Rei dos Pesadelos, queria tomar o menino para si e por conta disso saqueou planetas e destruiu estrelas. Os pais do menino bem que tentam enviá-lo para um planeta azul e verde chamado Terra, mas já era tarde demais. Em questão de segundos, tudo o que DaLua conhecera e amara é reduzido a cinzas.

Assim, o pequenino é obrigado a crescer sozinho, embalado pelos poucos lunobôs, lunondongos e lagartas – que depois se transformaram em lindas Mariposas Lunares - remanescentes. Munido do Almanaque dos Planetas da mãe e do telescópio do pai, DaLua descobre as crianças da Terra e também incríveis seres do bem, como um senhor idoso fabricante de brinquedos, um coelho que fazia ovos de chocolate e uma fada que deixava recompensas debaixo dos travesseiros. Entretanto, as crianças tinham medo do escuro e eram assombradas por pesadelos, ainda que Breu e os Homens-Pesadelo tivessem desaparecido. Então ele tem uma ideia grandiosa e faz uma convocação que marcaria o surgimento dos Guardiões da Infância. Sinceramente, um livro que eu adoraria ter escrito. Mal posso esperar pelo lançamento dos outros volumes – por enquanto temos apenas os livros que contam as sagas de Papai Noel e do Coelho da Páscoa (em breve aqui no nosso espaço), mas a coleção tem cinco títulos no total, sendo apenas Sandman e este O Homem da Lua ilustrados. Espero que vocês fiquem tão embevecidos com a leitura quanto eu. E você também, Klebita :D